Urna eletrônica tem mais de 30 camadas de segurança

Entenda como elas garantem a segurança do voto

Você dá duas voltas com a chave para garantir que a porta de casa está trancada? Sim, segurança nunca é demais, especialmente para a Justiça Eleitoral. Por isso, a cada ano algum elemento de segurança é implementado no processo eleitoral.

Destaque desse processo, a urna eletrônica não poderia deixar de liderar essa evolução, contando com diversos aprimoramentos nesses seus 25 anos de existência. São mais de 30 camadas de segurança protegendo os sistemas da urna contra fraudes.

Criptografia
A Justiça Eleitoral utiliza alguns tipos de criptografia em diferentes fases do sistema eleitoral, entre eles o AES 256 bits, usado no software da urna em diversos cenários.

Auditorias
Todo o processo eleitoral é auditável. São mais de 10 auditorias: além das internas, cidadãs e cidadãos, partidos políticos, fiscais de partidos, candidatas e candidatos, OAB e Ministério Público podem fiscalizar o processo, por meio dos seguintes mecanismos:

– O sistema de contabilização dos votos pode ser auditado desde o seu desenvolvimento, seis meses antes da eleição;

– Um mês antes da eleição, a versão final do programa que será utilizado é assinada digitalmente e lacrada fisicamente, em uma cerimônia pública onde entidades da sociedade civil poderão apresentar aplicativos próprios para que, por meio destes, verifiquem a autenticidade e integridade dos programas instalados nas urnas. Tanto na preparação das urnas quanto no próprio dia da votação, esse software pode ter sua autenticidade verificada por partidos, OAB e MP, comprovando que o programa que está na urna é, de fato, aquele mesmo assinado digitalmente na cerimônia e que os programas autênticos não foram adulterados e estão íntegros;

– A auditoria de funcionamento das urnas mostra, na prática, que o voto em determinada candidata ou determinado candidato será computado a ela ou ele, e não a outra pessoa;

– Após a finalização da votação na seção eleitoral, cada urna imprime algumas vias do Boletim de Urna (BU), que são assinadas por fiscais presentes e por mesárias e mesários. Uma das vias é afixada na porta da seção eleitoral e outra é entregue aos fiscais de partido presentes. Assim, cada eleitora ou eleitor, fiscal, partido, candidata ou candidato, pode fazer a sua própria totalização, somando os votos de cada boletim;

– A própria disposição da urna ajuda na fiscalização. O eleitorado tem acesso apenas ao teclado e à tela da urna – atenção, votantes mais jovens, a tela não é touchscreen! Assim, todas as portas de conexões, além de estarem seguras por lacres físicos feitos pela Casa da Moeda, estão na parte traseira da urna, inacessível ao eleitorado e exposta a todas e todos na seção eleitoral. Ou seja, caso uma pessoa tente acessar alguma parte da urna que não seja o teclado, todas e todos presentes na seção saberão e a ação será impedida.

Teste Público de Segurança
O Tribunal Superior Eleitoral inovou, sendo o primeiro do mundo a realizar o Teste Público de Segurança (TPS). Nele, as urnas eletrônicas são colocadas à prova por “hackers” que tentam violar as barreiras de segurança do processo de votação.

Barreiras
É bom lembrar que as urnas não têm conexão com a internet, bluetooth ou qualquer outra rede. Assim, caso alguém quisesse fraudá-las, teria de passar pelas mais de 30 barreiras de proteção e, ainda assim, num único momento: durante a votação.

Confira quais são essas camadas de segurança:

– Lacres físicos da urna;

– Sistema de controle das versões;

– Testes de software por várias equipes;

– Seis meses de abertura do código fonte;

– Testes Público de Segurança;

– Cerimônia de lacração e assinatura digital;

– Cerimônia de geração de mídias, carga e lacre da urna;

– Tabela de correspondência;

– Cadeia de segurança em hardware;

– Processo de fabricação seguro;

– Projeto de hardware e software dedicados à eleição;

– Verificação de assinatura dos aplicativos de urna;

– Verificação de assinatura dos dados de eleitores e candidatos;

– Criptografia da biometria do eleitor;

– Criptografia da imagem do kernel do Linux;

– Criptografia do sistema de arquivos da urna;

– Criptografia de chaves da urna;

– Criptografia do registro geral do voto;

– Derivação de chaves da urna;

– Embaralhamento dos votos no RDV;

– Boletim de Urna impresso;

– Assinatura de software dos arquivos de resultado;

– Assinatura de hardware dos arquivos de resultado;

– Criptografia do boletim de urna;

– QR Code no boletim de urna;

– Código verificador no boletim de urna;

– Auditoria de funcionamento das urnas;

– Conferência de hash e assinatura digital;

– Conferência, no dia da eleição, da autenticidade e da integridade dos programas instalados na urna;

– Log da urna;

– Entrega do Registro Digital do Voto (RDV).

Fonte: TRE-SP

Urna eletrônica tem mais de 30 camadas de segurança

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